domingo, 23 de abril de 2023

No vento que me diz Com teus verbetes ninfomaníacos As cores nuas que te pinto Olho em teus olhos rabiscados a nanquin E me pregunto qual dos caminhos Quando dentro de ti Vou perder o rumo da minha vida No beco das tuas dores, dos teus gozos, Dos teus medos, das tuas glórias, Presto atenção nas palavras Do teu corpo que dizem de mim E aponta o busto e molha o colo, E respondo ao meu inconsciente Onde devo andar por sobre você, De lado, em cima, de quatro, em baixo (Quem é meia quem é nove): e você sou eu Desenhado de poesia Ou teu pensamento é meu Ou tá contigo o que é me ter Ou misturamos o prazer derramado da gente E nos sujamos de tinta ardente Embriagados no tinto Ou é devaneio difuso em nós Enquanto o sol aquarela nascente Ou nossa esquizofrenia um no outro A sós. Clovinhos
Corujas observavam tranquilas os transantes que estavam a solta pelo mundo que rodava procurando amantes junto ao céu de nuvens carregadas feito choro de bêbado com saudade de ex, encharcadas igual a tua xoxota que beijei de suave gosto em melaço na língua queimando em teu raspado pelo chupando tua macia carne enquanto a mão te desenha o corpo com farol acesso, pele em fino charme, coxa e bunda de delicada elegância uma maravilhosa escultura feminina de excitação firme e singular no deleite de enrigecer o pau pra se derramar no leite enquanto breve fosse porquanto teu gozo já veio ao entretanto entrando grosso e sorrateiro e os gemidos nos abraçar quando os olhinhos viravam a reta: varando a noite e enfiando a madrugada numa inesperada aventura... Clovinhos