domingo, 23 de abril de 2023

No vento que me diz Com teus verbetes ninfomaníacos As cores nuas que te pinto Olho em teus olhos rabiscados a nanquin E me pregunto qual dos caminhos Quando dentro de ti Vou perder o rumo da minha vida No beco das tuas dores, dos teus gozos, Dos teus medos, das tuas glórias, Presto atenção nas palavras Do teu corpo que dizem de mim E aponta o busto e molha o colo, E respondo ao meu inconsciente Onde devo andar por sobre você, De lado, em cima, de quatro, em baixo (Quem é meia quem é nove): e você sou eu Desenhado de poesia Ou teu pensamento é meu Ou tá contigo o que é me ter Ou misturamos o prazer derramado da gente E nos sujamos de tinta ardente Embriagados no tinto Ou é devaneio difuso em nós Enquanto o sol aquarela nascente Ou nossa esquizofrenia um no outro A sós. Clovinhos

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